Quando você chega
Algo se quebra dentro de mim
Meus dias tornam-se noites
Meu grito ganha melodia
A lua que sempre me guiou
Enche-se de nuvens escuras
Até quando irei agüentar
Se minha mente me persegue?
Até quando irei esperar
Para ver e ter de volta
Brilho nos meus olhos?
Na solidão me perco e adormeço
Esperando salvação
Coragem para me erguer
Meus versos sem métrica e rima
São imperfeitos como me tornei
Ao menos, deixe-me gritar
Deixe-me gritar
(que continuo)
Que continuo o mesmo
Que corria no meio da chuva
Que admirava as poças d’água
E a névoa daqueles dias tristes
(afaste-se de mim)
Deixe-me dizer que continuo
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