14 de fevereiro de 2010

Saindo do coma


Vejo-me nas nuvens negras que passam

Quase já não posso respirar

Eu deixo que a fumaça leve minhas dores

Lamento de quem está acabado

O silêncio me cobre de cinzas

Meus sonhos, meus sonhos, meus sonhos

Queimados tocam meu rosto

Os reflexos da minha alma são invisíveis

Pois meus olhos estão fechados

Meu sangue está congelado

Pela frieza da angústia

Meu corpo está paralisado

Por medo do que pode acontecer

Agora posso ver uma luz

Um ponto brilhante na escuridão

Ajude-me, mas, não me acorde

Estou saindo do coma

Meus olhos se abrem e vejo

Um mundo igual ao que estive

Por favor, não seja real

Não quero permanecer num mundo negro, derrotado

A luz...

Se foi

Fecho os olhos e mergulho na escuridão

Da minha perturbada inconsciência

Procurando vê-la novamente

Talvez me leve embora daqui

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