Meu rosto estremece
Meus olhos escurecem
Onde está o perdão de que me falaram?
Não vejo os crimes de que me acusaram
A rua deserta me conta segredos
Agora já não posso esconder o medo
Enquanto vozes desconhecidas surgem
No céu escuro não há nenhuma nuvem
Eu abro os braços, corro contra o vento
Peço pra arrancar minha tristeza
Eu abro os braços, me afaga o vento
E me resta apenas à certeza
De que posso acabar
É isso, vou me entregar
Meu reflexo na água mostra como sou
Água limpa da chuva que o chão lavou
Raios caem ao meu redor
Se eu cair também será melhor
Oh Deus, se não me atira nesse poço
Não me importo, pois faço
A escolha é mais minha que sua
Sentirei a água me lavando
E minha poeira de crimes levando
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