14 de fevereiro de 2010

Vozes do vento


Meu rosto estremece

Meus olhos escurecem

Onde está o perdão de que me falaram?

Não vejo os crimes de que me acusaram

A rua deserta me conta segredos

Agora já não posso esconder o medo

Enquanto vozes desconhecidas surgem

No céu escuro não há nenhuma nuvem

Eu abro os braços, corro contra o vento

Peço pra arrancar minha tristeza

Eu abro os braços, me afaga o vento

E me resta apenas à certeza

De que posso acabar

É isso, vou me entregar

Meu reflexo na água mostra como sou

Água limpa da chuva que o chão lavou

Raios caem ao meu redor

Se eu cair também será melhor

Oh Deus, se não me atira nesse poço

Não me importo, pois faço

A escolha é mais minha que sua

Sentirei a água me lavando

E minha poeira de crimes levando

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